quinta-feira, 31 de maio de 2012

Caminho

Fernando Pessoa descreve muito bem aquilo que busco. Me busco! E vou me achar como sempre me achei, e como sempre tive a mim como melhor companhia. Neste estágio, o coração fica tranquilo, em paz tanto que atrai mesmo sem necessidade outro coração de mesmo estágio.

"Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades.Para viver a dois, antes, é necessário ser um."(Fernando Pessoa)

domingo, 27 de maio de 2012

Como uma luva ...

Escrever qualquer coisa hoje além disso pareceria até pleonasmo. É o que sinto, não o que quero!

Flores do Mal

Barão Vermelho

FLORES DO MAL
Não me atire no mar de solidão
Você tem a faca, o queijo e meu coração nas mãos
Não me retalhe em escândalos
Nem tão pouco cobre o perdão
Deixe que eu cure a ferida dessa louca paixão
Que acabou feito um sonho
Foi o meu inferno, foi o meu descanso
A mesma mão que acaricia, fere e sai furtiva
Faz do amor uma história triste
O bem que você me fez nunca foi real
Da semente mais rica, nasceram flores do mal
Huummm....
Não me atire no mar de solidão
Você tem a faca, o queijo e meu coração nas mãos
Não me retalhe em escândalos
Nem tão pouco cobre o perdão
Deixe que eu cure a ferida dessa louca paixão
Não me esqueça por tão pouco
Nem diga adeus por engano
Mas é sempre assim
A mesma mão que acaricia, fere e sai furtiva
Faz do amor uma história triste
O bem que você me fez nunca foi real
Da semente mais rica, nasceram flores do mal

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O que será?

Pensamentos desregrados,
já não sei de palavras!
Que estranho não saber expressar a simplicidade!
O que uso para descrever o sol que vi nascer aqui dentro de mim?
Tanto sei descrever o vazio,
que palavras uso para descrever o completo?
E a felicidade gratuita, sem motivo aparente?
só pelo fato de haver vida e haver acasos que me fazem reviver.

domingo, 13 de maio de 2012

Arrivederci

Não vou escolher o caminho do desespero,
nem mergulhar na escuridão profunda;
Seu amor breve e inseguro,
não retirou de mim a luz que havia antes de você chegar,
nem a vontade imensa de ser feliz que semeei aqui dentro;
A decepção do fim abrupto, não tirou de mim o chão;
nem as nuvens nas quais fiz caminhos de sonhos;
A frieza dos seus olhos e palavras tão contrastantes com o que você parecia ser,
não tiraram de mim a fé;
Tudo isso só fortalecerá a minha luz, minha beleza, minha crença,
tudo isso só intensifica em mim, a visão que tenho de mim e do meu coração:
simples, sem complicação ou constrangimentos, seguro na rocha, estável e reto,
tudo isso só me faz resgatar a imensa vontade de encontrar alguém realmente idêntico,
na mais profunda noção de identidade, sem superficialidades.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Valor ...

Sabe qual é o meu valor?
Eu sei: Custei-me muito suor e lágrima, muito momento bom e outros de tanta dor ... Custei-me muito riso, muita fé; custei-me o esforço, a vontade e o aprender a levantar para ser o que hoje sou: Felicidade! Quem quiser fazer parte disso há de saber reconhecer em si próprio o valor e em mim o que sou!

Por: Larissa Maria Alves dos Santos em 28-03-12

terça-feira, 27 de março de 2012

NÃO COMI, NÃO REZEI, MAS ME AMEI (Considerações do livro que tem sido meu reflexo)


Como sou péssima para me lembrar das coisas, resolvi  descrever aqui algumas das sensações que tive ao ler NÃO COMI, NÃO REZEI , MAS ME AMEI de Gisela Rao.
Nem me lembro das páginas direito, mas cada parte deste livro reflete tanto o que fui o que sofri a transição terrível que foi o término do meu último namoro e cada um dos movimentos muitas vezes lentos que fiz até me levantar. Foi estranho constatar aquilo que eu mesma por ser um ser altamente pensante e sensato até mesmo na dor, que o relacionamento vampiro que tive durante 4 anos não me sugou sozinho. Só fez por que eu no alto da boa intenção ofereci meu pescocinho por uma mísera troca de amor e de segurança. Amor por que era algo que eu precisava por não ter por mim mesma, e segurança pela triste realidade de achar que mesmo infeliz eu precisava de alguém do meu lado (indiferente, frio, banal e monótono) para me sentir um ser humano completo. Penso nisso e me dá até um pouco de vergonha, mas repenso e concluo que se hoje percebo isso é por que consegui a dádiva maior do ser humano que é aprender com os erros e evoluir transformando-se. Se quiser ser perfeito: Erre! Se quiser ser você: mude!
Outras coisas tenho aprendido com esse livro, e pior, identificado em mim: sempre fui uma pessoa extremamente sistemática, presa a conceitos e a caminhos únicos. Ou seja, namorado pra mim tem que ter padrão de altura, padrão de beleza, tem que ter aparência (note que tudo ligado à forma, à estética) e embora eu fosse uma exímia divulgadora do amor sem olhar aparência tudo isso era mentira. O pior: ainda dentro dos padrões, e esse que vou relatar era mais intrínseco, o namorado para mim tinha que ser maleável, a sua personalidade teria de ter potencial para ser moldada por mim (subconscientemente falando – claro que eu não sou maléfica assim) e isso ocorria pela minha própria insegurança. Acontece que no começo tudo são rosas e o tal “cabra” aceita ser moldado por que me quer,  por que ainda não fui conquistada e por ainda sou para ele um troféu. Quando tudo isso passava, e a presa (eu), ficava  tão a mão quanto um pássaro de gaiola que não sabe voar e o já bonitão (por que a esta altura já foram transformados  pela personal stylist aqui) caia fora , sayonara...
Os padrões que nunca levei em consideração foram o que realmente me interessam. Ou seja, alguém que tivesse a  ALMA como a minha. Alguém que já interiormente, intelectualmente me desafiasse e me fizesse pensar, alguém com quem eu pudesse trocar simplesmente, não somente doar, me entregar.
Posso estar errada, é infelizmente quando a gente sofre fica meio desconfiada de tudo, mas, pela primeira vez encontrei uma pessoa não totalmente fora dos padrões por ser um homem bonito, mas acima de tudo alguém por quem pelos meus medos anteriores eu nem tentaria conhecer, mas acima de tudo alguém que é tão louco como eu em alguns gostos, que me desafia intelectualmente (e quase sempre ganha: rsrs esquece essa parte), alguém que não é “HOMEM SOFÁ” e que topa fazer os programas de índio que eu sempre quis fazer no alto dos meus 20 e 11 anos e nunca consegui por que me sentia sozinha demais para fazer isso, mesmo quando não estava. E nós somos sofisticados e bichos grilos e bem informados e bobos e é isso que tem deixado minha vida tão feliz ultimamente. E talvez por isso, o que eu consideraria impensável pela minha rigidez de padrões (mesmo querendo ainda que a situação mude de figura) e mesmo esse relacionamento seja tão leve e despretensioso e por não ter interferências penso que é a melhor forma de começar. É o romance que pra mim tem tudo pra dar certo. Só termos que evoluir como seres capitalistas (vivemos neste mundo, o conforto e alguns prazeres custam din din, mas na maioria das vezes deixando de gastar com bobagem já ajuda rs), mas acima de tudo como pessoas que aceitaram que estavam sofrendo e se atreveram a sair de um relacionamento tóxico e sufocante para ter coragem de tentar e ser feliz. Como diz Gisela Rao: “para o alto e avante!”

Por Larissa Maria Alves dos Santos em 27-03

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ciao

Não é bom ter de mudar de estrada, refazer a rota, recomeçar
Nem é bom ter de engolir palavras
fingir que nunca foram ditas , nem que nunca feriram o coração
Não é bom ter de te esquecer, quando achei que me caía bem como uma luva
A violência maior é essa, ser obrigada a te esquecer
mesmo por que não há esforço de sua parte para que isso seja o contrário
não há luta, não há vida , somente uma passividade

Mas eu mesmo assim:
Não errei, vivi!
não me arrependo, fui feliz!
não sofro, tive coragem de não me negar!
não escondo, chorei!
e isso hoje é história...
Que a minha fé que neste caso, quase não há
permita-me recomeçar ...
 Por Larissa Maria Alves dos Santos

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Bossa Nova

Por que você me lembra o Rio de Janeiro,
Janeiro em que nasci, nasceu também em nós algo tão forte quanto complicado
por que quando me lembro dos seus olhos vejo o mar
gosto do vinho tinto quando te beijo,
e quando te ouço, a Bossa Nova , a nossa preferida ...
Bonita , Bonita!

Luta

Mesmo que eu queira
que meu caminho se faça diferente
seu rastro se faz na minha estrada
Mesmo que eu tente apagar e não sentir
a saudade fica aqui como selo estampado

Mesmo que conscientemente eu não queira aceitar seus tropeços
e que eu lute com todas as forças dentro de mim
e que o orgulho , seja forte e doa aqui ouvindo ainda todas as palavras tristes
que denotaram minha falta de predileção em sua vida
amargando um segundo lugar, ser a vice nunca foi meu forte
Mesmo assim e tampouco assim,
não saem da minha cabeça nossas maravilhosas lembranças
e as muitas que ainda nem ocorreram mas que certamente fariam parte.

E ainda que o coração se aventure em outra estrada
por que sim, há outras estradas, outros caminhos que só um coração em paz pode atrair
e elas apareçam lindas e calmas, atrativas até
me convidam a ser a primeira e a única,
mesmo assim, que batalha ferrenha!

O frio na barriga de hora em hora, denota a saudade que sinto.
Os pensamentos fogem das obrigações do dia-a-dia e teimam em pousar aqui na mente
e me fazem parar e por um instante fugir
pra uma daquelas nossas tantas lembranças que ainda não ocorreram,
mas que querem sair de mim num esforço tremendo,
tanto que não suporto.
Aí escrevo!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O que é isso?

O que dizer?
quando as palavras fogem e se desencontram
como definir o quente e o frio dentro do peito
e uma constante vontade de te ver, mesmo sem querer ...
A saída é utilizar-se da língua e descrever na palavra exclusiva
Saudade ....

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Inesperado

Inesperado, sopro quente, brisa leve trazendo uma certa alegria tão sensível, tão suave;
Quero-o estável, certo, sem problemas , sem grilos ... limpo, reto;
vivendo um dia de cada vez, sem pressa, até mesmo sem querer;
E não é assim que ele vêm, o inesperado?
Como o próprio nome diz, quando menos se espera, mas também quando se está pronto, completo.